Todos os dias, ouvimos sobre a crise de abastecimento de água em todo o País e sobre a controvérsia: muita chuva versus falta de água. Por conta disso, todo mundo está muito preocupado e nos condomínios cresce a busca por alternativas que possam driblar esta situação. O poço artesiano é uma delas. Mas, antes de partir para esta empreitada, é importante que você saiba quais são as precauções e procedimentos necessários e os passos que devem ser seguidos para fazer um poço artesiano no condomínio. Não tome uma decisão antes de pesar muito bem os prós e contras desta iniciativa.
Com o objetivo de não ficar sem o abastecimento de água e ter que recorrer aos caminhões-pipa, que têm um custo alto e podem se tornar mais raros à medida que a crise hídrica piora, o poço artesiano no condomínio se apresenta como uma solução viável. Porém, além de se tratar de um alto investimento – veremos mais detalhes sobre isso já já, a implementação de um poço artesiano não ajuda a economizar água, o que é totalmente aconselhável nos dias de hoje.
O esforço de todos, agora, deve ser no sentido do consumo mais responsável e consciente desse bem finito que é a água. Diante disso, forneça informações periódicas aos condôminos sobre como economizar água.
Veja agora mais 12 coisas que você precisa saber sobre poço artesiano no condomínio
1. Custo da instalação
O custo de um poço artesiano – que pode ter profundidade de 100 a 1.500 metros – no condomínio é alto. A instalação deve ficar em torno de R$ 50 mil a R$ 100 mil (veja como fazer a previsão orçamentária do condomínio). Tudo vai depender se há ou não água no local onde a perfuração será feita.
2. Redução dos custos com água no condomínio
No longo prazo, com o poço artesiano, o condomínio vai reduzir custos com a água já que passará a ter sua própria fonte sem a necessidade do vínculo com a companhia de fornecimento de água.
3. Regulamentação municipal
Em alguns pontos de Recife, em Pernambuco, está proibida a perfuração devido ao excesso de utilização das águas subterrâneas. Já em São Paulo (SP), houve alguns casos de contaminação de lençóis freáticos, provenientes de vazamentos em postos de gasolinas.
4. Estudos preliminares
O condomínio que pretende ter seu próprio poço artesiano deve encomendar estudos preliminares, avaliações sobre a vazão necessária e qualidade da água encontrada para consumo.
5. Aprovação em assembleia
A obra para instalação do poço artesiano em condomínio precisa ser aprovada em assembleia. Ela é considerada uma “obra necessária” e, portanto, depende de aprovação pela maioria simples, ou seja, pela metade mais um do total de condôminos presentes.
6. Licença para poço artesiano no condomínio
Caso a decisão de ser ter um posto artesiano seja tomada, será necessária a obtenção de uma licença que, geralmente, é concedida pelo departamento de água de cada Estado. Depois da permissão para a perfuração, você terá que buscar o direito de usar aqueles recursos hídricos.
7. Cadastro junto à Vigilância Sanitária
Será preciso, também, um cadastro do Sistema/Solução Alternativa de Abastecimento de Água para Consumo Humano. Este documento é emitido pelo Departamento de Vigilância Sanitária estadual ou municipal, dependendo da região onde se situa o condomínio em questão.
8. Testes de potabilidade
Depois que o poço for furado, será preciso realizar os testes de potabilidade a cada três meses.
9. Estação de tratamento
Dependendo da situação, o condomínio deverá investir, ainda, em uma estação de tratamento.
10. É possível que o poço artesiano seque
Mesmo que tomadas todas as providências, depois de um determinado período de uso, o poço do condomínio pode secar. E aí será necessário furar mais fundo ainda e longe da primeira perfuração.
11. Obra
Trata-se de uma obra com duração prevista de 30 dias. A operação envolve máquinas e cerca de 3 a 4 caminhões.
12. Manutenção
Depois de pronto, o poço artesiano deve passar por manutenções preventivas realizadas por empresas especializadas.
Como toda moeda, o poço artesiano em condomínio também tem dois lados. Oferece algumas vantagens e benefícios, mas também apresenta custos e riscos. Por isso, é fundamental uma avaliação prévia e criteriosa. Pesquise o tema e converse com síndicos de prédios que optaram pelo poço. Assim, você terá mais segurança para defender ou não a ideia junto aos condôminos.
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