A preocupação mundial com a preservação do meio ambiente e a sustentabilidade do planeta passam por todos os setores da economia e, os condomínios não poderiam ficar de fora. A coleta seletiva no condomínio, feita a partir da separação do lixo efetuada pelos moradores, é uma das ações sustentáveis que tem se espalhado por todos os lugares. O planeta agradece!
O que diz a lei?
O Governo Federal, através da instituição da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), conforme Lei Federal 12.305/10, vigente desde o mês de Agosto de 2014, determina a responsabilidade sobre a coleta e reciclagem de resíduos.
Aos condomínios e seus moradores, cabe a responsabilidade de separação dos resíduos em três categorias diferentes: recicláveis, orgânicos e rejeitos, e a instalação de um Sistema de Coleta Seletiva.
Em São Paulo, por exemplo, foi instituída no âmbito do estado a Lei 12.528/2007 e no município a Lei Municipal 14.973/2009. Ambas estabelecem a organização de sistemas de coleta seletiva nos condomínios residenciais e comerciais.
O titular dos serviços de limpeza pública em cada cidade tem a responsabilidade de estabelecer o sistema de coleta seletiva. Onde este serviço não é prestado, existem ONGs que se responsabilizam por este tipo de coleta e reaproveitamento de material.
Como implantar a coleta seletiva no condomínio
Para estabelecer a coleta seletiva no condomínio, são necessárias ações para o preparo da realização do serviço.
O assunto deve ser levado ao conselho, assembleia geral e/ou administradora, para que a implantação do sistema seja aprovada. É importante conhecer e apresentar a legislação vigente no município, que trata da coleta e gestão dos resíduos sólidos. Isso trará maior entendimento aos moradores.
A partir daí, é importante fazer uma análise do condomínio para identificar as condições de realização da ação, observar se existem espaços para a colocação dos coletores, para armazenamento dos resíduos até a coleta pela companhia responsável e organizar o fluxo dos resíduos.
Adesão dos condôminos
É necessário um trabalho forte de conscientização dos condôminos para conquistar a adesão de todos. A comunicação e orientação de como fazer a separação correta do lixo são peças chave para essa conscientização.
A comunicação pode ser feita através de uma equipe de moradores que conversará com os condôminos e funcionários, esclarecendo a obrigatoriedade da lei, o funcionamento da coleta, o papel de cada um e os benefícios que trará ao condomínio.
A utilização de comunicados escritos, colocação de cartazes informativos nos murais e elevadores, a fácil identificação dos pontos de coleta são formas de comunicar moradores e colaboradores.
Separação do lixo
Devem ser separados os resíduos comuns, que abrangem recicláveis, orgânicos e rejeitos e os diferenciados, que são óleo de cozinha, pilhas, baterias e lâmpadas fluorescentes. Normalmente a diferenciação é feita por sacos de lixo de cores pré-estabelecidas para cada tipo de material e por lixeiras também com essa diferenciação por cores.
É fundamental orientar os condôminos como fazer a separação do lixo. Muitos podem não ter ideia exata do que é ou não reciclável, por exemplo. Explicar quais resíduos podem ser descartados juntos e quais devem ser separados, como vidros e papéis com restos de alimentos, por exemplo.
A instalação de um local de fácil visualização e acesso para o depósito dos resíduos também é importante. Funcionários deverão ser bem orientados para fazer a separação e destinação dos resíduos.
Coleta seletiva
Depois de organizar a separação do lixo dentro do condomínio, é hora de cuidar da retirada deste material de dentro do condomínio. Se a prefeitura ou o órgão de limpeza pública de sua cidade proporcionar este serviço, cabe a solicitação da coleta, que deve ser programada de acordo com o volume de lixo produzido.
No caso de não haver um serviço público, o jeito é procurar por uma ONG que preste este tipo de serviço. Existem, inclusive, algumas empresas que oferecem retorno financeiro ao condomínio pela retirada e reaproveitamento do lixo reciclável.
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