O combate à dengue no condomínio vem desafiando síndicos, gestores, zeladores e moradores.
Os condomínios têm áreas comuns vulneráveis. Entre elas, caixas ou reservatórios d’água, cisternas, piscinas e plantas em vasos. Tudo deve ser protegido, cuidado e inspecionado para não atrair o transmissor.
Mas como se dá o combate à dengue no condomínio?
O que é a doença?
A dengue é uma doença viral causada por um arbovírus transmitido pela picada do mosquito Aedes Aegypti. O mal está crescendo no Brasil. Só no período de janeiro a junho, o Ministério da Saúde registrou em seu Boletim Epidemiológico 504 mortes no país, mais do que o dobro do número notificado em todo o ano de 2021.
São Paulo é o estado que lidera a lista de óbitos. Em seguida, aparecem Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Goiás e Paraná. Vale lembrar que além da dengue, o mosquito Aedes Aegypti é um transmissor de outras doenças como Zika Vírus, febre Chikungunya e febre amarela.
Realizar a prevenção contra o mosquito da dengue é fundamental por a doença ser uma ameaça à saúde coletiva. O combate à dengue no condomínio é papel do grupo que ali vive e deve ocorrer nos muitos criadouros do mosquito.
Combate à dengue no condomínio
A única forma de prevenção ao mosquito é eliminar os possíveis criadouros. Por isso, é preciso prestar atenção diariamente nos focos prováveis, mantendo o ambiente sempre limpo para impedir a proliferação da doença. Acompanhe, a seguir, algumas dicas importantes de combate à dengue no condomínio.
Observe se há acúmulos de água da chuva
Limpe as calhas da edificação com frequência e preste atenção nas grandes poças de água da chuva que se acumulam em alguns pontos mais desnivelados. Pode haver água parada desde a laje ao térreo de um condomínio, o que constitui-se em cenário ideal para o desenvolvimento do Aedes aegypti.
O jeito é escoar a água para não permanecer por muito tempo no local. E, se for o caso, providenciar alguma obra para que o problema não seja recorrente.
Dedetize o condomínio
Se há sinais de foco do Aedes aegypti, o síndico pode acionar uma empresa de dedetização para realizar um fumacê. Isso consiste em uma fumaça com baixas doses de agrotóxico em área comum do condomínio. Em seguida, o síndico deve solicitar à prefeitura uma visita de fiscais para constatar que o condomínio está livre de focos.
Tampe caixas e reservatórios d’água ou cisternas
Além de limpar periodicamente, tampe, vede e procure, ainda, instalar tela no ladrão, o cano com a função de extravasar a água.
Confira o fosso do elevador
Pelo menos uma vez por semana, observe o fosso do elevador. Este é um local bem apreciado pelos mosquitos. E providencie sempre a limpeza do local.
Fique de olho na piscina
Verifique se está sendo realizado o tratamento correto da piscina. E preste atenção também nos móveis ao redor dela: pode ter água parada!
Conscientize os condôminos
O síndico deve alertar os moradores sobre os perigos trazidos pelo mosquito da dengue. E orientá-los sobre como se prevenir e tornar o ambiente saudável nos apartamentos. A comunicação precisa ser intensificada principalmente na época de calor e chuvas intensas. Este período propicia à proliferação do mosquito da dengue.
Utilize cartazes, informativos e avisos no elevador. Aproveite também a assembleia do condomínio para reforçar o tema.
Outros pontos que merecem sua atenção
Essas dicas são relativas aos locais de uso comum do condomínio, mas também para os moradores das unidades:
- Inspecione os vasos de plantas, em janelas ou varandas, com pratos que possam acumular água;
- Importante manter os vasos sanitários sempre fechados, principalmente aqueles pouco utilizados;
- Esvaziar as bandejas de ar condicionado para não acumulem água;
- Verifique sempre as bandejas da geladeira e filtro d’água;
- Olhe também o trilho do box do banheiro que também retém água;
- Mantenha os ralos e lixeiras tampados e sempre limpos. Além disso, verifique se a coleta de lixo está em dia. Evite também entulho acumulado.
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