Como nas empresas, o tema tecnologia no condomínio também deve ser alvo de um olhar atento.
Cabe ao síndico e à administradora propor novas tecnologias para aprovação em assembleia. Enquanto que os moradores devem entender bem as vantagens das mudanças e da transformação digital para serem aliados nesta jornada.
Há alguns estudos cujos resultados evidenciam que a Pandemia do Coronavírus veio a acelerar a transformação digital tanto no âmbito dos negócios, quanto na vida pessoal dos indivíduos. A tecnologia no condomínio, portanto, é uma questão de tempo.
Afinal, há algumas ferramentas indispensáveis para facilitar o dia a dia da vida condominial.
Um passo de cada vez
Algumas iniciativas já ocorreram porque as medidas obrigatórias de distanciamento social e lockdown demandaram uma preparação digital.
Até agora, a adaptação a uma nova realidade foi praticamente forçada. Agora vivencia-se um ponto crucial que é promover o convencimento dos moradores de que as novas tecnologias vieram para ficar.
Quando eles se sentem mais familiarizados com soluções digitais mais básicas como assembleia virtual, agendamento de espaços comuns por meio de aplicativos e boletos de pagamento da taxa condominial online, torna-se mais fácil partir para implementação de portaria remota e sistemas de segurança digitais.
Por outro lado, apesar de permitir maior facilidade e praticidade para atividades que antes eram mais complexas e até mesmo mais caras, o sucesso da tecnologia no condomínio depende da qualificação do pessoal. Fator este que pode estar relacionado a aumentos de despesas pontuais.
Mas o que fazer para convencer os moradores da necessidade de novas tecnologias no condomínio?
- Toda mudança exige sabedoria, flexibilidade e informação. Por isso, não tente convencer os outros se você mesmo não tem informações suficientes que provem o benefício das novas tecnologias no condomínio. Prepare-se com fatos, dados e argumentos para que os moradores consigam sair de uma zona de conforto sem medo de errar. Se você tiver um discurso rico de estatísticas fica mais fácil dos moradores deixarem a resistência de lado.
- As assembleias são o melhor ambiente para demonstrar o quanto as mudanças tecnológicas podem ser úteis ao condomínio e a seus moradores. É neste fórum que as decisões conjuntas são tomadas. Desta forma, se a comunicação sobre os processos que incluem a transformação digital não for clara o suficiente, não haverá avanços quanto à aprovação de mais tecnologia no condomínio.
- Procure dar ênfase na preparação dos moradores para o presente, mas já vislumbrando as possibilidades futuras que se abrem a partir da implantação de novas tecnologias.
- Durante a comunicação, invista tempo para tirar as dúvidas dos participantes. Isso evita que rumores, teorias e pessimismo que não agregam em nada fiquem circulando. Pelo contrário: eles reforçam as resistências.
- Além da comunicação, outro aspecto que gera adesão e convencimento é a oferta de treinamento.
- Mudanças de cunho tecnológico impõem que as pessoas aprendam sobre elas. Boa parte da resistência encontrada entre os moradores se deve ao fato de eles não se sentirem suficientemente capazes de entender o funcionamento das novas ferramentas disponíveis. Informe sobre a programação de cursos rápidos que facilitam o uso da tecnologia no condomínio.
- Coloque na programação, também, um canal exclusivo para que os moradores possam se manifestar sobre as mudanças provocadas pela utilização da tecnologia no condomínio. Isso passa segurança e comprova que eficiência da gestão condominial.
O que pode ser considerado na hora de dar um upgrade na tecnologia do condomínio
Além de um sistema de vigilância impecável que gerencie o acesso e a movimentação de moradores, visitantes, funcionários e prestadores de serviço ao condomínio, a tecnologia também prevê câmeras de segurança. Estes equipamentos podem eliminar falhas humanas que geram riscos ao patrimônio e às pessoas.
Confira o que mais pode ser considerado como tecnologia do condomínio
- Gerenciamento e registro de todos os veículos que entram e saem do condomínio;
- Dispositivos de identificação como senhas, leitores de cartão (tags) ou impressão digital;
- Aplicativo para abrir as portas das áreas comuns do condomínio como, por exemplo, espaço da piscina, solarium, academia, sala de reuniões, brinquedoteca, quadras e sala de jogos;
- Controle remoto com anti-clonagem;
- Botão de pânico para situações em que um morador seja coagido a deixar marginais entrarem no condomínio. O botão de pânico emite sinal de alerta para a guarita do porteiro ou para a central de monitoramento remota.
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