Diferentemente de um condomínio comercial, geralmente composto por salas ou conjuntos de escritórios, o síndico de condomínio residencial tem muitos mais aspectos a serem administrados, como piscina, salões de festas e de jogos, quadras esportivas e muitas crianças, o que nem sempre é muito fácil de lidar.
Como em uma empresa, a gestão de um condomínio residencial requer muita dedicação, conhecimento em várias áreas e, principalmente, habilidade para obter o melhor desempenho com a maior economia possível.
Para se administrar um condomínio residencial são necessários conhecimentos básicos de contabilidade, legislação condominial e trabalhista, além de noções sobre eletricidade, hidráulica e alvenaria.
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É preciso, ainda, estar disposto para atender urgências inesperadas a qualquer hora do dia ou da noite e ter competência para tratar com pessoas, sejam elas condôminos ou funcionários. A facilidade para intermediações de conflitos também é bastante exigida.
Veja:
Dicas de como administrar condomínio residencial
1. Atenção às contas
Geralmente os condomínios residenciais contam com uma administradora para tratar dos assuntos financeiros e trabalhistas. Mas, mesmo assim, é preciso ficar atento às contas, pois a responsabilidade é exclusivamente do síndico.
Veja:
2. Orçamento
Para um bom orçamento, a dica é se basear nas despesas do exercício anterior, acrescentando os reajustes legais.
3. Gestão dos inadimplentes
Entre os cuidados mais importantes ao administrar um condomínio residencial, se destaca a gestão dos inadimplentes. Hoje em dia é muito alta a taxa de inadimplência. Portanto, quanto antes se tomarem providências, menores serão os prejuízos.
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4. Fundo de reserva
Além da devida cobrança, o condomínio deve fazer um fundo de reserva para essa e outras finalidades especiais.
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5. Evite surpresas
O 13° salário e as férias dos funcionários do condomínio devem ser provisionados durante o ano e aplicados em investimentos. Assim, não surgem surpresas ao longo e no final do ano.
6. Provisionamento de despesas periódicas
Existem despesas periódicas, não necessariamente mensais, que merecem atenção. Exemplos: limpeza das caixas d’água, recarga dos extintores de incêndio, dedetização das áreas comuns, impermeabilização de algumas estruturas e troca de água de piscina.
7. Parcelamento das despesas
As despesas ordinárias, quando possível, devem ser sempre divididas em parcelas mensais e iguais.
Isso evita o encarecimento repentino das taxas condominiais e os moradores conseguem administrar melhor suas obrigações financeiras com o condomínio.
8. Conselho fiscal pode ajudar – e muito! – a administrar condomínio residencial
O conselho é fundamental para ajudar o síndico a gerir positivamente as contas. O síndico deve se utilizar dele o tanto quanto possível, apresentando os balancetes e solicitando autorização para decisões a serem tomadas.
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9. Guarda de documentos
Outro cuidado é o síndico e a administradora sempre solicitarem e guardarem devidamente as notas fiscais de tudo que for adquirido em produtos e serviços.
Isso faz com que a prestação de contas seja sempre correta.
10. Decisões baseadas nas Leis Condominiais
Para o síndico de condomínio residencial conseguir fazer uma boa gestão, ele deve sempre basear suas decisões no Regulamento Interno, evitando assim ações indevidas.
11. Assembleias são essenciais
Uma das importantes responsabilidades do síndico é a convocação anual das assembleias, geral e ordinárias, nas quais entre outras pautas, deve constar a prestação de contas ao condomínio.
É aí que a gestão do síndico é devidamente avaliada quanto à efetividade, honestidade e transparência.
Síndico de condomínio residencial: Dificuldades e soluções
Entre as dificuldades enfrentadas no dia a dia pelo síndico de condomínio residencial, estão o acúmulo de funções e a administração de conflitos internos.
São muitos os problemas causados por excesso de barulhos fora de hora, crianças que fazem mau uso de equipamentos e espaços comuns, briga entre casais e familiares, acúmulo de lixo em churrasqueiras e salões de festas, etc.
Tudo isso, na maioria da vezes, pode ser solucionado com uma boa conversa.
Cabe ao síndico apaziguar os ânimos e atuar como mediador na busca pela solução mais adequada. Caso isso não funcione, ele deve saber como proceder legalmente.
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